No Sense Fellings .2

domingo, 5 de outubro de 2008


Certa vez, como de inesperado aconteceu o que nenhum de nós esperava, o amor se foi. Deixou seus rastros de dor misturada na boa nostalgia de dias felizes.
Os lindos dias banhados em luz matinal viraram tardes mornas que já não esperam tanto mais pelo pôr-do-sol.
Sabemos que a noite virá... Talvez seja melhor assim, um pouco de penumbras e inconsistência dos pensamentos para poder ver o que não consegui enxergar em todos nossos momentos de nós, de você e eu, você em mim, eu em você.
Nestes dias sem sol, sem neve, sem você aqui dentro como costumava ser me sobra a esperança de que depois da noite virá a manhã e, talvez o sol trará aquele sonho que inflava tão confortavelmente meu coração. Coração que era feito de matéria celestial e congratulado por mil vezes a melhor parte de mim.
Agora que o amor se foi meu coração retornou ao que era, feito de carne, talvez plástico ou borracha, não sei bem...
A estranheza da calmaria que me encontro me faz pensar que estou anestesiado, e já não mais quero guerra ou paz, falar ou me conter. Quero deitar e acordar em outro lugar onde você não exista. Nada de você desejo mais por que me fez voltar à minha essência.
Voltei-me ao pó e não vou me juntar, prefiro ficar sozinho desta vez de novo.